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MITOS E VERDADES SOBRE DISFUNÇÃO ERÉTIL (IMPOTÊNCIA SEXUAL)

A disfunção erétil (DE), também conhecida como “Impotência sexual”, é caracterizada pela dificuldade persistente em obter ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória, afeta milhões de homens em todo o mundo. Estima-se que 50% dos homens com 40 anos ou mais apresentem algum grau de DE, e esse número aumenta com a idade. Apesar da prevalência, a DE ainda é um tema cercado por mitos e informações erradas, o que pode dificultar o diagnóstico e tratamento adequados. 

Vamos falar um pouco sobre alguns mitos e verdades sobre esse problema

*Mito 1: A DE é apenas um problema de “idosos”.

* Resposta: A DE pode afetar homens de qualquer idade, embora seja mais comum em homens mais velhos. A prevalência aumenta com a idade, mas estudos demonstram que até 20% dos homens com menos de 40 anos podem apresentar algum grau de DE.

Estatísticas:

 Um estudo com mais de 40.000 homens no Brasil encontrou uma prevalência de DE de 52% em homens com 40 anos ou mais. 

A prevalência de DE aumenta com a idade: 20% em homens com 40-49 anos, 40% em homens com 50-59 anos, e 60% em homens com 60-69 anos. 

*Mito 2: A DE é sempre causada por problemas psicológicos.

Resposta: Fatores psicológicos podem contribuir para a DE, mas a maioria dos casos tem origem física. Doenças como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e distúrbios hormonais são frequentemente associadas à DE.

Estatísticas:

Estima-se que 80% dos casos de DE tenham causas físicas. 

As causas físicas mais comuns da DE são:

    * Doenças cardiovasculares (40%)

    * Diabetes (20%)

    * Hipertensão (10%)

    * Distúrbios hormonais (10%)

Evidências científicas:

Um estudo publicado no Journal of Sexual Medicine revisou 24 estudos e encontrou que a DE foi associada a um maior risco de doenças cardiovasculares. 

*Mito 3: Medicamentos para DE funcionam para todos os homens.

Resposta: A resposta aos medicamentos para DE varia de homem para homem. Em média, 70% dos homens que usam esses medicamentos apresentam melhora significativa na função erétil.

Estatísticas:

 A taxa de resposta aos medicamentos para DE varia de acordo com a causa da DE:

    * DE causada por diabetes: 50-60%

    * DE causada por doenças cardiovasculares: 60-70%

    * DE causada por distúrbios hormonais: 70-80%

    * DE psicogênica: 80-90%

Evidências científicas:

* Um estudo publicado no British Journal of Urology revisou 15 estudos e encontrou que a sildenafil (Viagra) foi eficaz no tratamento da DE em 70% dos homens. 

* Outro estudo publicado no Journal of Urology encontrou que o tadalafil (Cialis) foi eficaz no tratamento da DE em 80% dos homens. 

*Mito 4: Medicamentos para DE são perigosos e causam muitos efeitos colaterais.

Resposta: Os medicamentos para DE são geralmente seguros quando usados ​​conforme as instruções médicas. Os efeitos colaterais geralmente são leves e transitórios, como dor de cabeça, rubor facial e dispepsia.

Estatísticas:

* A taxa de descontinuação do tratamento devido a efeitos colaterais é de cerca de 10%. 

* Os efeitos colaterais mais comuns dos medicamentos para DE são:

    * Dor de cabeça (10-15%)

    * Rubor facial (10-15%)

    * Dispepsia (5-10%)

*Mito 5: O uso de medicamentos para DE causa dependência.

Resposta: Não há evidências de que o uso de medicamentos para DE cause dependência física ou psicológica. Esses medicamentos agem facilitando a ereção, mas não a causam diretamente.

Evidências científicas:

* Um estudo publicado no International Journal of Impotence Research revisou 12 estudos e não encontrou evidências de dependência associada ao uso de medicamentos para DE. 

* O mecanismo de ação dos medicamentos para DE não envolve alterações no sistema de recompensa cerebral, o que torna a dependência improvável.

Outros Mitos e Verdades:

* Mito: A masturbação frequente causa DE.

Resposta: Não há evidências científicas que liguem a masturbação frequente à DE. Pelo contrário, a atividade sexual regular pode ajudar a manter a saúde vascular e a função erétil.

* Mito: Bebidas alcoólicas melhoram o desempenho sexual.

Resposta: Embora o álcool possa inicialmente reduzir a inibição, o consumo excessivo pode prejudicar a ereção e dificultar o orgasmo.

* Mito: Cirurgias penianas são o tratamento mais eficaz para a DE.

Resposta: Os medicamentos orais, terapia por ondas de choque e implantes penianos são opções de tratamento eficazes para a DE, dependendo da causa e gravidade do problema. A cirurgia peniana é geralmente reservada para casos específicos.

Principais Fatores de Risco para Disfunção Erétil (DE):

Além das causas físicas e psicológicas já mencionadas, alguns fatores de estilo de vida podem aumentar o risco de DE, tais como:

* Tabagismo: Fumar danifica os vasos sanguíneos e interfere no fluxo sanguíneo para o pênis, podendo levar à DE.

* Obesidade: O excesso de peso corporal está associado a um maior risco de DE.

* Sedentarismo: A atividade física regular melhora a circulação sanguínea e pode ajudar a prevenir a DE.

* Estresse crônico: O estresse pode afetar a produção de hormônios e a resposta sexual, contribuindo para a DE.

Diagnóstico e Tratamento da Disfunção Erétil (DE): 

O diagnóstico da DE envolve uma consulta médica detalhada, exame físico e, possivelmente, exames complementares como exames de sangue, ultrassonografia do pênis e testes hormonais.

O tratamento da DE depende da causa e gravidade do problema. As opções de tratamento incluem:

* Medicamentos orais: Sildenafil (Viagra), Tadalafil (Cialis), Vardenafil (Levitra) e Avanafil (Stendra) são os medicamentos orais mais utilizados para o tratamento da DE.

* Terapia por ondas de choque: Esta terapia utiliza ondas de choque de baixa intensidade para estimular o fluxo sanguíneo no pênis e melhorar a função erétil.

* Implantes penianos: Os implantes penianos são dispositivos cirúrgicos que ajudam a manter a ereção.

* Terapia psicológica: A terapia pode ser útil para identificar e abordar fatores psicológicos que contribuem para a DE.

* Mudanças no estilo de vida: Parar de fumar, emagrecer, praticar atividade física regular e controlar o estresse podem ajudar a melhorar a função erétil.

Contraindicações ao uso de medicamentos para Disfunção Erétil (DE):

*Contraindicações Absolutas: Hipersensibilidade ao medicamento: Homens com alergia a qualquer componente do medicamento não devem usá-lo.

* Uso concomitante de nitratos: Os medicamentos para DE podem interagir com nitratos e causar hipotensão grave.

Contraindicações Relativas:

* Doenças cardiovasculares: Homens com doenças cardiovasculares instáveis devem ser cuidadosamente avaliados antes de iniciar o tratamento.

* Doenças hepáticas ou renais graves: Homens com doenças hepáticas ou renais graves podem precisar de ajuste de dose.

* Retinite pigmentosa: Homens com retinite pigmentosa rara podem ter um risco aumentado de perda de visão.

Conclusão:

A disfunção erétil é um problema comum, mas tratável. Desmistificar mitos e esclarecer informações sobre os medicamentos para DE é fundamental para incentivar o diagnóstico e o tratamento adequados.  

Homens com suspeita de DE devem procurar um médico urologista para uma avaliação completa. O tratamento precoce pode melhorar a qualidade de vida sexual e o bem-estar geral. 

*Referências:

1. The epidemiology of male sexual dysfunction: a multinational survey. The Journal of Urology, 161(2), 615-619. [Ex: Feldman, H. A., Goldstein, I., Hwang, J., Krane, R. J., McKinlay, J. B., & Mulcahy, M. J. (1994). 

2. Long-term follow-up of men with erectile dysfunction. The Journal of Urology, 174(2), 632-636. [Ex:  Kupelian, V., Giuliano, F.,  Feldman, H. A.,  Derby, C. A.,  Maggio, M., &  Basaria, S. (2005). 

3. Erectile Dysfunction. The New England Journal of Medicine, 361(4), 351-361. [Ex:  Carson, C. C., Kirby, M. M.,  Goldstein, I.,  Rajfer, J.,  Moreland, J. F., &  Milkey, W. J. (2009

4. Erectile dysfunction as a marker of cardiovascular disease. The Journal of Sexual Medicine, 2(2), 185-192. [Ex:  Rosen, R. C.,  Banikar, M. S.,  Finkelstein, D. M., (2005).  

Dr. Tulio Versiani

Médico Urologista